domingo, 8 de janeiro de 2023

Resoluções de Ano Novo

 Geralmente, em dezembro, fazemos o balanço do ano. Refletimos sobre o que correu bem, o que poderia ter sido melhor, o que ficou por fazer, as perdas que vivemos….. Essas reflexões trazem-nos a consciência daquilo que precisamos alterar, mudar ou deixar cair.

É assim que, em janeiro, estabelecemos uma série de resoluções para o novo ano que se inicia em breve.

Por isso o mês de janeiro, sendo o primeiro mês do ano, soa a recomeços e mudanças.

É um novo ciclo que se inicia cheio de oportunidades.

O problema é que a mudança exige planeamento, persistência, disciplina, resiliência, uma enorme dose de energia e a criação de novos hábitos. Além disso não podemos simplesmente mudar tudo de um dia para o outro, é um processo que implica discernimento e que acontece aos poucos.  E é por isso que para muitas pessoas as novas resoluções acabam por cair por terra……

Mas sabe uma coisa? Mais vale tentar e falhar do que ficar simplesmente a repetir o que já não funciona. E quando falhar, não desista. Mude de estratégia. Mude de perspetiva, faça o pino se for preciso, mas não desista de si nem daquilo que é importante para si.

Ser consciente é poder escolher agir com base nas nossas mais profundas e genuínas intenções.

Uma das minhas resoluções para 2023 é partilhar tudo o que sei e o que venha a aprender no âmbito da parentalidade consciente com mais pessoas, para que cada um de vós, à vossa maneira, possa viver uma parentalidade mais leve, mais feliz e mais autêntica!

Fica o convite para vir comigo e juntos assumirmos o compromisso connosco próprios de fazer o melhor com os recursos que temos!



quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

A importância de "viver bem" o Natal

 Como viver bem o Natal com tantas coisas más a acontecer?  É só ligar a TV e percebemos que o mundo vive tempos de conflitos, de guerra, de pobreza, de fome e carência, de injustiças sociais, de calamidades e de enormes dificuldades e desafios.

É exatamente por isso que é importante vivermos “bem” o Natal. Mais do que nunca temos de aproveitar a oportunidade de ensinar aos nossos filhos o verdadeiro espírito de Natal: ensinar sobre amor, paz, gratidão, caridade, solidariedade, generosidade, bondade e a importância de valorizar as coisas boas que temos nas nossas vidas (por mais simples ou pequeninas que possam ser).

Claro que para as crianças as festas de Natal significam momentos de fantasia e magia com as prendas e muita ansiedade à mistura… e tudo bem! Mas vamos aproveitar para passar esperança, união e harmonia. Afinal, o Natal é o momento perfeito para isso!

Ativem a vossa criatividade e usem as luzes, a árvore com os enfeites brilhantes e coloridos, as figuras natalícias, as histórias e os vários eventos que acontecem pelas nossas cidades e plantem esse espírito e essas sementes nos corações dos vossos filhos! Promovam diálogos, participem em ações de voluntariado ou solidárias e abram a mente e o coração dos mais pequenos, para que na estação certa possam florescer.

Afinal, o Natal vem lembrar e renovar nos nossos corações, o otimismo e a esperança! E nós precisamos disso e muito! 




sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O início do outono

Hoje celebramos o início do Outono em Portugal. Este dia marca o fim do Verão e o começo de uma nova estação.

Está pronta para o receber? Confesso que para mim setembro é um mês que me deixa um pouco “inquieta”.

Os dias ainda estão bons, as temperaturas amenas convidam a caminhadas e passeios, as aulas começaram há pouco tempo e ainda temos bem presente na memória a “boa onda” das férias.

Mas, aos poucos, lá se vai a descontração e a leveza…. No meu caso o início do novo ano letivo contribui muito para essa sensação, de perda de leveza. Porquê? Porque começam novas rotinas, horários, atividades extracurriculares, reuniões atrás de reuniões, o regresso ao trabalho, as filas de trânsito intermináveis… as gincanas para dar conta de tudo…. e a falta de tempo. Tempo, esse recurso tão precioso, mas tão desvalorizado por nós próprias.

Assim, deixo-lhe um convite, o mesmo que faço a mim própria. Tal como o que acontece na natureza, vamos prepararmo-nos para a transformação que o outono pede. É tempo de deixar cair as “folhas velhas”, o que já não nos serve e abrir espaço para o novo.

Aproveite para organizar a sua casa (roupeiros, armários, gavetas) e destralhar. Ajude os seus filhos a fazerem o mesmo com as coisas deles, nomeadamente com o quarto deles. Mas nada de dedos apontados, críticas ou “tens que”. Arranje forma de juntar diversão e leveza, caso contrário não vão querer colaborar. Coloque música, ou melhor, peça-lhes a eles para tratarem da música! Partilhem um lanche incrível só com coisas “boas” (as vossas).

Também é tempo de nutrir e acumular “alimento” para o Inverno. Cuide de si, cuide da sua nutrição física e emocional. Lembre-se de reservar sempre um tempo só para si na sua agenda!

Encontre uma forma/atividade que lhe permita trabalhar a reconexão consigo própria. Resgate-se todos os dias. Cuide da sua energia vital. Mude o que lhe causa dor. A dor é o seu combustível para a mudança, por isso use-a a seu favor.

Se há uma lição que aprendi é que quanto melhor eu estiver comigo própria, melhor será a qualidade da relação com os meus filhos e com o meu companheiro e mais feliz será a minha família.



sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Quando o início do ano letivo significa mudar

Para muitos jovens e adolescentes, o mês de Setembro significa “mudança”: uma nova turma, nova escola ou a entrada no ensino superior.

Qualquer uma destas mudanças gera stress e/ou conflitos de emoções:

- Existe uma forte necessidade por parte dos jovens desenvolverem novas relações interpessoais, de se sentirem integrados e aceites nos novos contextos e isso exige um esforço de adaptação;

- novas regras e novas pessoas, como colegas, professores e funcionários, superando a timidez e lidando com a frustração;

- E também têm de corresponder às exigências de desempenho que pais e professores esperam;

É difícil, para nós mães, vermos os nossos filhos mergulhados em ansiedade e stress. O nosso coração fica bem apertado, verdade? Afinal sabemos que o stress é algo que pode ser bastante tóxico.

Mas uma coisa é certa, o nosso apoio emocional, o acolhimento, a escuta e o diálogo farão toda a diferença.

Esteja pronta para ser o suporte que o seu filho precisa. Quando ele lhe trouxer angústias, medos, ansiedade esteja lá para o ouvir e apoiar. Não desvalorize ou invalide o sentir do seu filho. Trabalhe as suas expectativas, afinal é sobre ele e não sobre si. Pergunte-lhe o que pode fazer para o ajudar. Ajude-o a encontrar estratégias para lidar com as frustrações e dificuldades. Esteja presente e totalmente disponível, evite manipulações e julgamentos. Veja para além do óbvio, foque na vossa relação e não nos comportamentos.

Para que os nossos filhos recorram a nós eles têm primeiro de confiar em nós.





quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Diversidade e Inclusão

 Vivemos num mundo em que as pessoas cada vez emigram mais. Vivemos num mundo onde pessoas de países diferentes chegam para viver no nosso país muitas vezes totalmente desamparadas. Já pensou se acontecesse consigo, com a sua família?

Somos cidadãos do mundo, por isso, o mais normal é que nas escolas nas universidades e nas comunidades existam pessoas de todas as cores, culturas e feitios. Como já percebemos o mundo não é só feito de pessoas iguais a nós. Precisamos interiorizar que, embora diferentes, somos todos seres humanos.

Como pais é importante ajudarmos os nossos filhos a terem consciência desta realidade. É importante não alimentar estereótipos, aliás é essencial que os nossos filhos os comecem a quebrar. Felizmente muitos adolescentes fazem disso uma causa, que defendem fervorosamente.

Assim, prestes a iniciar novo ano letivo tenha uma conversa sobre diversidade e inclusão, sobre como uma atitude pode fazer uma diferença enorme. Vamos despertar nos nossos miúdos a vontade de conhecer e de se dar a conhecer.

Lembre-se que a diferença acrescenta e nunca diminui: é uma oportunidade incrível para conhecer outras realidades e outras culturas, ficamos mais cultos e com a mente mais aberta.  

“Diversidade é convidar para a festa. Inclusão é chamar para dançar” (Pensador)




quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

Sabia que crianças e adolescentes são tão suscetíveis à depressão quanto os adultos? No post de ontem entendemos que muitos episódios depressivos identificados em adultos são iniciados na infância e adolescência. Se não leu, convido-a a ler.

Existem muitas ideias pré-concebidas sobre a temática do suicídio que só contribuem para a desinformação e para a construção do estigma que envolve o suicídio e as doenças mentais.

Estas falsas informações podem impedir as pessoas de procurar a ajuda que precisam, colocando-se em risco. Desmistificá-las contribui para uma sociedade mais informada e mais sensibilizada, que percebe a importância de ajudar outros a procurarem ajuda e tratamento.

Em Portugal, três pessoas morrem por suicídio a cada dia e muitas mais tentam suicidar-se. Se perceber que alguém que começa a comportar-se de forma diferente, que anda mais em baixo, mais isolado, que começa até a descuidar a forma de vestir e de se arranjar. Faça alguma coisa.

Informe-se, aprenda e ensine. Vamos criar esperança. Todos temos um papel na prevenção do suicídio! Entre no site prevenirsuicidio.pt e descarregue o manual sobre Prevenção do Suicídio para a comunidade:

https://arisdaplanicie.files.wordpress.com/2021/03/1-livro_prev_suic_comunidade08092020.pdf

Fonte: https://prevenirsuicidio.pt/




quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Um olhar para a “construção da depressão”

Segundo Jasper Juul no seu livro “Sua Criança Competente” a depressão começa lá na infância, quando a criança para se sentir amada, aceita e pertencente tem de abandonar o seu verdadeiro “eu” para se adaptar a um “eu” falso que corresponde às expectativas e necessidades dos seus cuidadores. 

Esse abandono cria um espaço vazio. Aos poucos a criança perde o contato com os seus verdadeiros sentimentos, desejos, necessidades e carências.

 

Quanto mais sacrificamos a nossa integridade, mais dor sentimos. Mas estamos tão treinados a escondê-la que somos os primeiros a invalidar o nosso sentir.

À medida que vamos crescendo tornamo-nos mestres a mascarar essa dor, de tal forma  que nem nós mesmos nem quem está à nossa volta a notará. 

 

Inevitavelmente sempre haverá um sinal verbal ou não verbal de que não estamos bem. Se nós mesmos (já adultos) ou aqueles que cercam a criança, levarem o sinal a sério, compreendendo seu significado e mudando a forma como agimos, o conflito será resolvido e a dor diminuirá ou cessará. Se nada disso acontecer, o sinal aumentará ou mudará (torna-se físico). Finalmente um sintoma verdadeiro se revelará: O primeiro sinal é fadiga, o último poderá ser o suicídio. 



 

Resoluções de Ano Novo

 Geralmente, em dezembro, fazemos o balanço do ano. Refletimos sobre o que correu bem, o que poderia ter sido melhor, o que ficou por fazer,...