Segundo Jasper Juul no seu livro “Sua Criança Competente” a depressão começa lá na infância, quando a criança para se sentir amada, aceita e pertencente tem de abandonar o seu verdadeiro “eu” para se adaptar a um “eu” falso que corresponde às expectativas e necessidades dos seus cuidadores.
Esse abandono cria um espaço vazio. Aos poucos a criança perde o contato com os seus verdadeiros sentimentos, desejos, necessidades e carências.
Quanto mais sacrificamos a nossa integridade, mais dor sentimos. Mas estamos tão treinados a escondê-la que somos os primeiros a invalidar o nosso sentir.
À medida que vamos crescendo tornamo-nos mestres a mascarar essa dor, de tal forma que nem nós mesmos nem quem está à nossa volta a notará.
Inevitavelmente sempre haverá um sinal verbal ou não verbal de que não estamos bem. Se nós mesmos (já adultos) ou aqueles que cercam a criança, levarem o sinal a sério, compreendendo seu significado e mudando a forma como agimos, o conflito será resolvido e a dor diminuirá ou cessará. Se nada disso acontecer, o sinal aumentará ou mudará (torna-se físico). Finalmente um sintoma verdadeiro se revelará: O primeiro sinal é fadiga, o último poderá ser o suicídio.

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