Vamos falar dos pais que estão eles próprios fragilizados e adoecidos emocionalmente.
Para começar, o que isso significa? Quem são estes pais?
São os que não se conseguem ouvir a si mesmos, os que perderam a conexão consigo próprios. São os que não cuidam da sua “casa interior”, que foram ensinados a calar e a reprimir, e que guardam vazios emocionais que provocam dor e sofrimento. São os que, muitas vezes, viram o seu sentir invalidado e que fizeram de tudo para corresponder às expectativas dos outros, encolhendo-se e anulando muito do que era natural e único em si.
O que muitos não sabem é que quando nos tronamos pais tudo isso vem à tona: poderá vir logo durante a infância dos miúdos ou, quando eles viverem a adolescência. E aí, preparem-se porque virá com toda a força!
Quanto mais ignorámos, mais desafiante será. Porquê? Porque são pais que não conseguem ser congruentes e conscientes. Muitas vezes, são pais que não conseguem dar conta da dinâmica das suas próprias vidas e isso tende a repercutir na vida dos filhos. E sim, tem impacto direto na qualidade da relação que constroem com os filhos. Estou a falar de conexão, de vínculo e no tipo de apego.
Quando estamos perdidos, deixamos de ter direção. Para encontrar essa direção precisamos de assumir a nossa responsabilidade, precisamos de saber o que é realmente importante na nossa vida. O que não pode faltar? Já agora: o que é realmente importante para si enquanto mãe e/ou pai?
Os filhos são uma oportunidade incrível para os pais olharem para dentro de si, resinificarem e integrarem a sua história e resgatarem-se a si próprios.
É urgente que as mães e os pais procurem ajuda para eles próprios. Sem isso, dificilmente conseguiremos ajudar os filhos.
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