sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Mães perfeitas não são reais

 É na prática, no dia a dia com os nossos filhos, que a desconexão connosco próprias se manifesta e vai ter consequências.

A maioria das mulheres aprende que ser uma “boa mãe” é ser aquela que dá tudo de si, que se coloca sempre em último lugar, aquela que quando se torna mãe simplesmente se anula.

Às vezes parece que o nosso valor enquanto mães está diretamente relacionado ao quanto  cansadas estamos. Parece que quanto menos dormimos, quanto mais difícil estiver a ser o nosso maternar, melhor mães estamos a ser. Como se tudo isso fossem sinais que estamos a executar o nosso “papel” na perfeição.


Cuidado. Estejam atentas. A sobrecarga tem um preço muito alto..

Durante os meses de gestação sonhamos e idealizamos mil e uma coisas. Preparamo-nos fisicamente para a chegada do nosso bebé, preparamos o ambiente com todo o cuidado. Mas na maioria das vezes, não estamos preparadas emocionalmente para a grande reviravolta que a chegada de uma criança trás. Ninguém fala sobre a desconexão, sobre a confusão.. assim, quando a sentimos simplesmente calamos… porque pensamos que o problema está em nós. E aí vem a culpa e a vergonha.

 

Precisamos alinhar as nossas expectativas e perceber o que não faz sentido para nós. Precisamos deixar morrer a ideia da “mãe perfeita”, que dá conta de tudo e que está sempre bem disposta e com um aspecto incrível!

Precisamos aprender a limitar, a dizer não, a pedir ajuda e a aceitar ajuda.

Precisamos de aprender a desenvolver e a confiar na nossa intuição, porque na hora dos desafios é ela que nos vai guiar.


Precisamos de recursos, de conhecimento, mas jamais nos podemos esquecer que as ferramentas, os conhecimentos, os livros têm que ser recursos que nos apoiam e libertam.

Nada de ficar aprisionadas.

Os nossos filhos precisam de mães autênticas, conectadas e conscientes. Os nossos filhos precisam de mães felizes. A perfeição é uma ilusão e uma total perda de tempo.


A todas as mulheres que foram mamãs recentemente, que vivem os primeiros meses de maternidade, deixo aqui um abraço muito apertado e uma mensagem: não tem que ser um sofrimento, pode ser leve!



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