quinta-feira, 7 de abril de 2022

Higiene Pessoal

Os cuidados pessoais significam amor próprio e atenção ao próprio corpo para sua preservação e saúde. ❤
No entanto, além da higiene ser necessária para evitar doenças, é também através dela que as crianças aprendem muito sobre o seu próprio corpo. Este autoconhecimento é estimulado com a auto percepção e autoimagem que naturalmente acontecem quando tocamos no nosso corpo para cuidar dele: por exemplo quando nos lavamos e passamos um creme no corpo.

Isto é algo que é feito pelos pais ao longo dos primeiros anos de vida das crianças.
A partir de um dado momento (cerca dos 2 anos) é importante que a criança comece a ser estimulada a ela própria ir-se cuidando, claro que com a ajuda e atenção dos pais.
Pouco a pouco, os pais (com a ajuda de rotinas) possibilitam que a criança vá ganhando autonomia e gosto por estes cuidados pessoais.

Estas rotinas são essenciais para trazer o sentido de ordem e a previsibilidade que são tão importantes para as crianças. Tornar estes momentos bons, tranquilos e agradáveis vai fazer toda a diferença.
Ainda assim, as crianças naturalmente podem oferecer resistência em determinadas fases de desenvolvimento. Cabe aos pais assumir o seu papel de adultos responsáveis, e serem assertivos, firmes nas intenções e gentis no relacionamento com a criança: humilhar, punir e castigar não vai acrescentar no futuro.

🌟Armem-se de paciência, sejam persistentes, usem o humor, os jogos e as brincadeiras para “ganharem” os vossos filhos em vez de quererem ganhar aos vossos filhos.



quarta-feira, 6 de abril de 2022

Escola e Estudos

As responsabilidades escolares como - a organização, os prazos de entrega de trabalhos, a planificação dos estudos, a aquisição de novos conhecimentos, o desafio de raciocinar algumas horas seguidas com atenção plena - são funções executivas nobres do nosso cérebro, fruto de muitas conexões neuronais complexas.

A maturidade do sistema lógico (neo-cortex) acontece pouco a pouco, sendo que as experiências que a criança vai tendo ao longo da sua vida são um fator determinante para o seu desenvolvimento cerebral.
Por isso, os pais devem proporcionar novas e diferentes experiências com níveis crescentes de complexidade quanto à:
👉atenção concentrada
👉responsabilidade assumida

Torna-se essencial que os pais tenham conhecimento sobre as etapas de desenvolvimento infantil para que possam respeitar a criança e o que ela está apta a fazer.
É um caminho. Não acontece de um dia para o outro. É uma construção que é feita com a ajuda e orientação de pais e educadores.

As conversas entre pais e filhos são fundamentais: saber escutar as crianças (o que verbalizam e o que não é verbalizado mas que de uma forma não verbal eles comunicam), validar o seu sentir, as dificuldades que estão a viver e entender as necessidades não atendidas.
Os pais devem acolher sem julgamentos, mas não devem “nivelar por baixo” a criança: enquanto pais somos os primeiros a acreditar no potencial dos nossos filhos e os miúdos precisam de sentir isto sem qualquer tipo de dúvida.

Se os resultados não estão a ser bons não é porque a criança não é capaz, é porque ainda não está capaz - percebem a diferença? O “é” toca diretamente na identidade, na forma como a criança se vê e se percebe. 
O “ainda não está” é uma condição que pode ser alterada.

Juntos encontrem as estratégias, as soluções para alterar essa condição. Ajuda o teu filho a perceber o que pode fazer diferente para atingir resultados diferentes. Faz-lhe boas perguntas que o ajudem a pensar e a encontrar os resultados que ele quer. Orienta-o na organização, ensina-o a desenvolver rotinas de estudo.
Por vezes é necessário pedir ajuda. E tudo bem. Não tragas a “vergonha” para os teus filhos. Existem muitas formas de inteligência e muitas formas de aprender. Só precisamos compreender as dos nossos miúdos.

terça-feira, 5 de abril de 2022

Sobre Arrumação - Série Rotinas

 A disciplina que envolve organizar o espaço da casa, do ambiente em que a criança vive, é de enorme influência ao nível da organização mental da criança.

Organizar o lado de fora ajuda a organizar e a ordenar o lado de dentro.

Quando os pais e educadores estimulam as crianças a arrumar o seu quarto, o material escolar ou os brinquedos, estão a trabalhar e a contribuir para o desenvolvimento social, intelectual e emocional das crianças.

Mas para que de fato consigam resultados impactantes devem assegurar um ambiente positivo: de diversão, brincadeira e jogos. A brincadeira é a maior porta de acesso que os pais têm para os filhos ao mesmo tempo que fortalecem o vínculo com as crianças, ou seja, a qualidade da relação.

Quando os miúdos se sentem bem, quando entendem a importância da arrumação para os pais e percebem que os pais contam e precisam deles para melhorar o sentimento de bem estar e a felicidade da família, a probabilidade de cooperarem será maior.

Experimentem criar e organizar uma rotina de ajuda em casa. Envolvam os miúdos na criação dessa rotina. Peçam-lhes sugestões e ideias, reconheçam o esforço deles e façam uso de perguntas curiosas para juntos chegarem a soluções ecológicas.

Por fim, lembrem-se que tudo isto requer treino, treino e mais treino!
Experimentem e vão adaptando até conseguirem os resultados esperados. E, acima de tudo, não desistam. Lembrem-se que é um processo, uma aprendizagem em família.
E divirtam-se no processo!



Situações dr Rotina

 As situações de rotina que acontecem diariamente, aquelas pequenas coisas que se repetem dia após dia, podem trazer grande desgaste aos pais. 

Esse desgaste acaba por ficar evidente e afetar toda a família em termos de ânimo e humor.

Essas pequenas grandes “lutas”, associadas ao cansaço e stress, levam à perda de paciência dos pais, tendo impactos diretos na relação familiar.


Como podemos gerir estas situações? De que forma quero lidar com tudo isto sem perder a sanidade mental e acima de tudo, sem perder o respeito por mim próprio e pelos meus filhos?


E sim, podemos estar zangados. Mas podemos escolher não gritar, não magoar e não agredir os nossos miúdos.

  • isto é mostrar respeito

  • isto é valorizar 

  • isto é ser justo

  • isto é gerar conexão e cooperação


Esta semana vou trazer aqui algumas dessas situações que são comuns à grande maioria das famílias.

Convido-te a vires comigo nesta jornada. 


Comenta, deixa as tuas perguntas e considerações e vamos juntos aprender a ser os pais que os nossos filhos precisam que sejamos!



sexta-feira, 1 de abril de 2022

Sobre Curiosidade

A curiosidade permite-nos ver coisas novas e olhar para o que se segue com uma luz nova e melhor.
As crianças olham para o mundo com os olhos sempre novos. Para elas, tudo o que é novo é mágico.
Conforme vamos crescendo e vamos ficando mais céticos, é fácil não nos lembrarmos de procurar a maravilha e a alegria que possam existir no trabalho, nas preocupações ou nas coisas adultas mais aborrecidas. Torna-se fácil darmos as coisas mais simples da nossa vida como garantidas. Passamos a não valorizar e deixamos de apreciar.

Quando nos habituamos ao mundo, perdemos essa capacidade de admirar o que é simples e o que é novo. Tornamo-nos incapazes de preservar a capacidade infantil do deslumbre. É quase como uma autossabotagem que nos leva simplesmente a deixar de ver os muitos pontos de luz que nos rodeiam e, aos poucos, esquecemos como é bom sentir o entusiasmo pelo inesperado, pela vida e por nós próprios.
A curiosidade implica o reconhecimento de que existe algo que não sabemos e podemos ainda aprender. Implica humildade.

Só a curiosidade e um espírito aberto nos permitem  reencontrar esse vislumbre e maravilhamento. Esta ideia de curiosidade e deslumbramento vai além de coisas e situações, é preciso sentirmos curiosidade em relação às pessoas que nos rodeiam.

Como alimentas a tua curiosidade? Como demonstras isso aos teus filhos, aos teus alunos? Como vivem a curiosidade na vossa família e nas vossas salas de aula?
Curiosidade tem tudo a ver com interesse, com SER e PERTENCER.
Necessidades humanas básicas.







Resoluções de Ano Novo

 Geralmente, em dezembro, fazemos o balanço do ano. Refletimos sobre o que correu bem, o que poderia ter sido melhor, o que ficou por fazer,...