No post anterior expliquei que o sistema de recompensa é responsável pela busca de estímulos causadores de prazer. Através do reforço positivo da recompensa, obtido em experiências prazerosas, o organismo é impelido a buscá-las repetidas vezes.
O problema é que nem todos os prazeres da nossa vida são essenciais para a sobrevivência – alguns, inclusive, podem fazer mal. Por isso, temos o córtex pré-frontal, que também faz parte do sistema de recompensa que nos dá a capacidade para ponderar, pensar, avaliar e fazer escolhas – pensar a nosso favor.
Mas, como já sabemos, na adolescência essa parte mais racional está como que em “segundo plano” (estão a acontecer mudanças profundas e intensas) sendo o cérebro emocional que assume o comando na maior parte do tempo. Portanto, a capacidade para fazer boas escolhas, controlar emoções e comportamentos é limitada….
Como diz Jaume Funes “a identidade é, em parte e inevitavelmente, digital” – nos dias de hoje parece não haver identidade sem perfil de rede social, da mesma forma que parece não haver socialização sem interação digital.
Estamos na era digital e, a internet é uma porta mágica, uma janela para um mundo de possibilidades. Um mundo virtual, onde não existem horas, nem noite e dia. Uma realidade virtual que é bastante real.
Mas esse é um mundo perigoso, repleto de estímulos feitos para viciar pessoas de todas as idades. Por isso, atualmente muitos consideram as telas uma das drogas mais perigosas do mundo. Uma droga que está a ser consumida livremente por muitos adolescentes.
E sim, pode tornar-se uma grande vilã na mente dos nossos jovens, quando o seu uso é feito de forma exagerada, sem controle, acompanhamento e sem responsabilidade.


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